Compartilhando a biblioteca física, um teste de conceito

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Como sempre nos lembra o conceito da “Navalha de Occam“, as soluções mais simples e diretas guardam o caminho mais certeiro para a verdade. Ou seja, faz o básico que a chance da coisa dar certo é maior.

Pensando assim e, enquanto termino as leituras para dar formato ao primeiro dos Nós, resolvi iniciar um experimento inocente, ainda no clima do Manifesto, qual seja, o de hackear as timelines movidas por algoritmos que a todos nos consomem.

Começou assim: como eu me mudei recentemente para um apartamento menor, minha pequena biblioteca começou a se comportar de forma estranha…como se não fosse tão pequena assim. Ou seja, sobraram livros na exata medida que faltaram espaços. E livros, não se jogam fora.

Em paralelo, numa de me manter saudável e perder os 10 kg que nunca somem, iniciei uma rotina diária de caminhadas pelo novo condomínio. Qual não foi a surpresa quando, dando uma volta pelas praças do local, descobri um ponto de coleta do projeto littlefreelibrary.org, que é bem bacana por sinal, saca só:

Legal, né? Você à frente de construir uma micro biblioteca em sua vizinhança, para que todos possam ler e abrir seus horizontes. Já tinha visto alguns exemplares por lá e notei também que a turma pegava mas… não devolvia. Brasil, né…

Mas qual foi a ideia, afinal?

Coisa boba. Já que a turma não devolve, por que não aproveitar isso para gerar algum tipo de conversa? Por isso, todos os livros que me programei para deixar por lá ao longo das próximas semanas, levam a URL aqui do site. Feita à mão, sem grande produção, como se fosse uma dedicatória. A ideia é, quem sabe, capturar a atenção de quem tem interesse pelos temas dos livros que jogo por lá, fazendo essa ponte entre a velocidade humana analógica (andar até a praça em um domingo, achar um livro, pegar para ler etc) e a velocidade instantânea do mundo online.

  • Que questões esse tipo de conexão pode gerar?
  • Qual seria a predisposição de um leitor capturar essa URL e iniciar algum topo de conversa?
  • Será que pessoas físicas pegam os livros ou só a equipe do projeto?
  • Qual a validade de quebrar o paradigma de contatos somente digitais e investir em outras formas de contato?

Essas e outras questões foram surgindo do meu caminho entre o a minha estante e a estanhe do bairro. Se terão respostas, não sei. Nesta primeiro experimento distribui cerca de 20 livros e, na ausência de uma ideia melhor para medir o resultado, espero contatos a partir da…dã… página de contato aqui do site.

Sei lá, vamos ver o que rola.

Sobre o autor

Mauro Amaral

Meu principal foco de atuação é a criação de projetos de conteúdo interessantes, divertidos e leves para marcas, organizações e produtos.

Em função desta opção, transito bem entre jornalismo, publicidade e entretenimento, pesquisando continuamente e filtrando ativamente as tendências do momento para aplicá-las no dia a dia dos meus clientes.

Construo, mantenho e estimulo equipes criativas há 10 anos; com especial predileção por identificar novos talentos e trabalhar potenciais multidisciplinares.

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