Esqueça tudo o que você já viu e admita: The Leftovers S2E8 é o melhor episódio em muitos anos!

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Esqueçam o Casamento Vermelho de Guerra dos Tronos, a morte de Sofia saindo do celeiro na primeira temporada do The Walking Dead. Vá lá, esqueçam o último episódio da quarta temporada de Breaking Bad e sua arrancada para o final dos cinco últimos da temporada final. Com um pouco de boa vontade, relevem até mesmo o primeiro episódio da segunda temporada de Lost que até ontem considerava o melhor de todos os tempos.

Porque o oitavo capítulo da segunda temporada de The Leftovers (International Assassin) é o melhor episódio de série de 2015 e, também, um dos melhores da história recente (descontando aí o Twin Peaks…). E ponto. Pare agora tudo o que está assistindo e encare uma maratona de 17 episódios para chegar até o ponto que foi ao ao no Brasil no último domingo.

A trama, de autoria do mesmo Lindelof da turma que caiu direto do voo da Oceanic na ilha perdida de 10 anos atrás, vinha se arrastando em seu retorno, após uma primeira temporada irretocável (leia aqui). Mas, com o encontro de Kevin Harvey com o seu grande inimigo em um mundo do outro lado do mundo real, “mais real do que tudo o que você já viu agora, meu chapa”, o roteiro impecável, todos os desdobramentos psicológicos (dá para falar de Jung, Freud e tudo o mais…) e a sensação incômoda ao final, não deixam dúvidas: é uma obra-prima.

Para quem ainda não conhecia, vai uma rápida sinopse: em 14 de Outubro de algum ano em um futuro muito próximo, milhões de pessoas simplesmente desapareceram! A vida depois, não tão pós-apocalíptica como é de costume contar hoje em dia, é um misto de perplexidade e negação que leva, claro, a criação de seitas sem pé nem cabeça ou, para os mais sensatos, a flutuar em um niilismo atroz.

O moço aí em cima optou por esta segunda reação. Tenta reconstruir sua vida ao lado de sua filha, de Nora Durst (que ainda deve nos surpreender) e de Lily, bebê que adotam após o desenrolar dos acontecimentos da primeira temporada. Até que Patty Levin começa a azucrinar a cabeça do camarada, falando sem parar. Ah, um detalhe: ela morreu há muitos episódios atrás. Mas, em se tratando de mundos que não estão aqui, Lindelof, conhece os caminhos.

E é por essa trilha que ele nos leva, mostrando para esconder, contando para confundir, apresentando em nossa cara, sem cuidado ou carinho uma realidade que já é cotidiana: estamos todos sós. Até que resolvamos pular no poço.

Vejam e depois comentem.

Sobre o autor

Mauro Amaral

Meu principal foco de atuação é a criação de projetos de conteúdo interessantes, divertidos e leves para marcas, organizações e produtos.

Em função desta opção, transito bem entre jornalismo, publicidade e entretenimento, pesquisando continuamente e filtrando ativamente as tendências do momento para aplicá-las no dia a dia dos meus clientes.

Construo, mantenho e estimulo equipes criativas há 10 anos; com especial predileção por identificar novos talentos e trabalhar potenciais multidisciplinares.

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por Mauro Amaral

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